Papa Francisco decidiu que, pela primeira vez, mulheres poderão votar na convenção religiosa.
Neste sábado (30), igrejas católicas de todo o mundo promovem vigílias para celebrar a primeira etapa de conclusão do Sínodo, evento da religião que mobiliza o papa Francisco, bispos e fiéis durante três anos para a discussão dos rumos da instituição.
Em Roma, sede mundial da igreja, a vigília reunirá as religiões Ortodoxa, Protestante e Evangélica. O papa se une a bispos protestantes, representantes ecumênicos, delegados fraternos e cardeais para promover o “Together”.
O Brasil terá sua própria versão, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em São Paulo. Também está prevista uma celebração no Santuário Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
O que é o Sínodo
Um dos principais eventos do catolicismo, o Sínodo é dividido em quatro períodos.
No primeiro, ainda em 2021, houve encontros em igrejas católicas e consultas a cada diocese para coletar sugestões e discussões destinadas ao Vaticano. No ano seguinte, a secretaria do Sínodo reuniu as contribuições em um documento de trabalho.
Em outubro deste ano, após a vigília, os bispos têm um encontro marcado com o Papa para a primeira etapa da conclusão da tradição, quando a Assembleia Sinodal elabora um documento de síntese a partir das reflexões e discussões levantadas junto às representações do catolicismo pelo mundo. Em outubro de 2024, uma nova sessão define o ciclo.
Em abril, o pontífice tomou uma decisão histórica que permitirá às mulheres votar pela primeira vez no Sínodo. No passado, as mulheres podiam participar da convenção, mas sem direito ao voto.
Nathalie Becquart, vice-secretária da Secretaria Geral do Sínodo, disse em pronunciamento no Vaticano que “o desafio desta edição é aprender a caminhar mais juntos, para anunciar o evangelho no mundo de hoje”. A organização diz que o desejo de Francisco é que, nesta celebração, o diálogo seja fortalecido.
A 16ª Assembleia-Geral Ordinária do Sínodo tem uma participação relevante de membros brasileiros:
- Dom Joel Portella Amado, bispo-auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
- Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP)
- Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus (AM)
- Dom Dirceu de Oliveira Medeiros, bispo de Camaçari (BA)
- Cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF)
- Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB e do Celam
- Maria Cristina dos Anjos da Conceição, cáritas
- Sônia Gomes de Oliveira, presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB)
- Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia (BA)
- Cardeal João Braz de Aviz, prefeito do dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica
- Padre Adelson Araújo dos Santos
- Padre Agenor Brighenti
- Padre Miguel Martin